Assoalho Pélvico X Atividade Física

Já é muito explorado a prevalência de incontinência urinária em jovens atletas, sendo a maior ocorrência em atividades que envolvem saltos, como ginástica olímpica, ou impacto como praticantes de corrida. Em mulheres, o esporte de alto rendimento e alto impacto aumenta em nove vezes o risco para incontinência urinária.1

Entre as condições que contribuem para o escapes de urina em atletas existe a hipótese de que atividades esportivas levam ao frequente aumento da pressão intra-abdominal, podendo levar à fadiga ou ao dano das estruturas musculares do Assoalho Pélvico. Por outro lado, existem prejuízos ao assoalho pélvico, associado a alterações hormonais e alimentares, que poderiam comprometer a capacidade de contração destes músculos, predispondo a incontinência.2

As consequências causadas pela incontinência abrangem o lado social, sexual, doméstico e ocupacional. Mulheres incontinentes sentem-se constrangidas para a realização de atividades socais, menos atraídas para o relacionamento sexual e são induzidas ao abandono da modalidade esportiva. Estudos já mostraram que essas apresentam sintomas depressivos, acompanhados de diminuição da autoestima e aumento da ansiedade.

É imprescindível a procura de um profissional especializado para uma avaliação funcional do assoalho pélvico para posterior encaminhamento e indicação dos exercícios para o Assoalho Pélvico. Lembrando, seja você atleta ou não.

1ARAÚJO, M. P. et al. Avaliação do assoalho pélvico de atletas: existe relação com a incontinência urinária? Rev Bras Med Esporte. v. 21, n. 6, nov/dez, 2015.

2ALMEIDA, M. B. A. et al. Disfunções do assoalho pélvico em atletas – revisão. Rev. Femina. v. 39, n. 8, agosto, 2011.

Publicado por

Marilia Cavalli de Oliveira

Fisioterapeuta formada pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), atuando na área de Uroginecologia desde 2011.

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