A síndrome da bexiga dolorosa ou cistite intersticial é de origem urológica e também pode provocar tensão na região pélvica. Grande parte dos pacientes acometidos por esta doença apresentam disfunção do assoalho pélvico, ou seja, podem ser beneficiados com a fisioterapia. 1
O objetivo da fisioterapia nesses pacientes é a eliminação de fatores músculo esqueléticos que contribuem para a dor pélvica, tais como o alinhamento postural incorreto, espasmos musculares, pontos gatilho e inflamações no tecido conjuntivo. 2
A cinesioterapia, com exercícios para o assoalho pélvico, melhoram os sintomas, já que, durante o enchimento vesical, ocorre naturalmente aumento do tônus pélvico. O realinhamento do sacro e do ílio auxilia na restauração da tensão normal da musculatura pélvica. Podem ser realizados mobilização articular, alongamento, liberação miofascial, massagem perineal e uso de calor. A eletroestimulação pode ser usada nos sintomas de dor e urgência miccional.
Dessa forma, o tratamento fisioterapêutico visa à normalização do tônus muscular, à reeducação da função dos músculos e à facilitação do retorno dos pacientes para a atividade.
Importante lembrar que tratamento para essa síndrome também compreende mudanças comportamentais, como controle do estresse, prática de exercícios físicos e diminuição do consumo de cafeína, álcool e alimentos ácidos e condimentados, além do uso de medicamentos.
Procure um profissional especializado: o fisioterapeuta pélvico. Não sabe onde encontrar um na sua região? Baixe o aplicativo e encontre um mais próximo de você!
1 SOUZA, G. O. Fisioterapia na dor pélvica crônica feminina. Março, 2016.
2 DUARTE, T. B. et al. Fisioterapia na cistite intersticial. Rev. FEMINA, v. 38, n. 7, julho, 2010.