Sabe-se que a incontinência urinária provoca importantes alterações na vida do indivíduo, seja no aspecto psicológico ou social.
Há evidências de que os pacientes incontinentes experimentam sentimentos de solidão, tristeza e depressão de forma mais expressiva que os continentes, sendo que a influência da incontinência urinária na qualidade de vida varia de acordo com o tipo (esforço, urgência ou mista) e com a percepção individual do problema 1.
O comprometimento psicológico da incontinência urinária associa-se à preocupação diante das perdas urinárias, apresentando receio destas acontecerem em locais não apropriados. Já a restrição ao convívio social, relaciona-se com a vivência prévia de situações constrangedoras e o receio de outras pessoas perceberem o odor de urina.
É essencial o fisioterapeuta investigar como cada paciente percebe as repercussões da incontinência urinária. Assim, é possível adequar a conduta necessária no sentido de atender às necessidades e expectativas individuais, o que favorece a adesão do paciente ao tratamento e o sucesso da intervenção terapêutica.
O tratamento fisioterapêutico pode contribuir para que esses pacientes retornem as suas atividades normais, possivelmente impulsionados por um sentimento de melhora da auto-estima, bem como despertem atitudes de autonomia, tomada de consciência e mudanças de comportamento, acarretando uma melhora na qualidade de vida 2.
Se existe perda urinária e isso acomete a sua qualidade de vida, procure ajuda! Procure um profissional de fisioterapia especializado em uroginecologia!
1 ABREU, N. S. et al. Qualidade de vida na perspectiva de idosas com incontinência urinária. Rev. Bras. Fisioter. São Carlos, v. 11, n. 6, nov./dez. 2007.
2 HONÓRIO, M. O.; SANTOS, S. M. A. dos. Incontinência urinária e envelhecimento: impacto no cotidiano e na qualidade de vida. Rev. Bras. Enferm. Brasília, jan./fev. 2009.