O exercício serve como prevenção e tratamento a inúmeras doenças, como hipertensão, osteoporose, obesidade, diabetes, entre outras. Nesse contexto, a população feminina está aderindo a uma rotina de práticas de atividades físicas e esportes, contudo devemos ter um cuidado e olhar mais criterioso com o assunto.
Determinados grupos musculares podem necessitar de cuidados diferenciados. Relatos de incontinência urinária em atletas, por exemplo, são muito comuns. A perda involuntária de urina tem origem no aumento da pressão intra abdominal e no enfraquecimento do assoalho pélvico, formado por músculos, ligamentos e fáscias e responsável pela continência urinária e, sobretudo, por sustentar a bexiga, o útero e o reto. Durante a corrida, o impacto na região pode chegar de três a quatro vezes o peso corporal. 1
Apesar dessa queixa ser frequente entre as esportistas, muitas não procuram ajuda por vergonha ou por acreditarem que é normal perder urina durante o exercício. E não é! Não é uma condição normal mesmo em estágio leve, pois, mesmo não oferecendo risco, a incontinência urinária está associada à perda de qualidade de vida, redução no rendimento e piora na autoestima. 2
Procure orientação! Procure ajuda! Mulheres praticantes de esportes devem ser informadas quanto às possíveis consequências da atividade física intensa sobre a função do assoalho pélvico. Seja para prevenção ou tratamento, a fisioterapia pélvica pode ajudar com exercícios específicos e funcionais.
1 Perda urinária é comum entre corredoras. Julho de 2015.
2 SOARES, M. C.; GALVÃO, T. R.; SILVA, V. S. Incontinência urinária em atletas: uma revisão de literatura. EFD Esportes Revista Digital, n. 179, abril de 2013.