A incontinência urinária, principalmente de esforço, tem como principais fatores de risco a gravidez e a via de parto, pois esses, podem gerar danos à integridade da musculatura e inervação do assoalho pélvico.
O aumento do índice de massa corpórea na gravidez, a multiparidade, o parto vaginal, o tempo prolongado do segundo período do parto e a episiotomia são fatores que diminuem a força dos músculos do assoalho pélvico, favorecendo a longo prazo, o surgimento de perdas urinárias. 1
Nos casos de parto cesárea, apesar de não existir um impacto mecânico nos músculos do assoalho pélvico, não quer dizer que não possam aparecer disfunções dessa musculatura. Pois, como já comentado, só a gestação já altera a biomecânica dessa região e a própria cirurgia na região abdominal acarretará em fragilidade e fraqueza.
O pós parto é caracterizado por adaptações físicas, psicológicas e emocionais, que podem causar impacto negativo sobre a qualidade de vida. Existem vários fatores que influenciam o assoalho pélvico nesse período, como o hormonal, que gera maior instabilidade articular e muscular. A presença de sintomas urinários durante a gravidez, também torna esse período mais susceptível a queixas de escape de urina. 2
Nessa fase de transformações e modificações, entender os sinais que o corpo dá e não encarar esse sintoma, perda de urina, como normal é essencial. A fisioterapia pélvica pode te ajudar!
1 LOPES, D. B. M.; PRAÇA, N. S. Prevalência de incontinência urinária autorreferida no pós-parto e fatores relacionados. Acta paul. enferm. v.25, n. 4, São Paulo, 2012.
2 O pavimento pélvico no pós parto: quando há algo a mais a contar depois do parto. Sara Lopes Barbosa, setembro 2017.