Bexiga neurogênica

Bexiga neurogênica é o mau funcionamento da bexiga devido a doenças do sistema nervoso central ou nervos periféricos envolvidos no controle da micção. 1

O paciente não consegue controlar adequadamente o ato de urinar. A bexiga pode se tornar hipoativa, incapaz de contrair-se voluntariamente ou hiperativa, contração excessiva com perda involuntária de urina. Em outras palavras, isso pode fazer com que a pessoa urine muito pouco ou demais.

As causas da bexiga neurogênica podem ser genéticas, por compressão da cauda equina, lesões na coluna ou doenças neurológicas degenerativas (doença de Alzheimer, Parkinson, esclerose múltipla). Doenças que afetam os músculos da bexiga incluem: danos nos nervos devido ao diabetes ou abuso de álcool por período prolongado, lesão do nervo durante cirurgia pélvica, dano ao nervo espinal.

A apresentação dos sintomas, depende do tipo de alteração neurológica. Na bexiga hipoativa ou bexiga flácida, existe a sensação de que bexiga não esvaziou completamente após urinar, gotejamento após urinar ou perda de urina involuntária por transbordamento. Isto aumenta as chances de infecção urinária e prejuízo na função dos rins, e por isso o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível. A hiperativa, também conhecida como bexiga espástica ou nervosa, apresenta incontinência urinária, vontade de urinar frequente e em pouca quantidade, dor ou ardência na região da bexiga, perda do controle da capacidade de urinar. 2

A bexiga neurogênica não tem cura, mas o tratamento pode ajudar a melhorar o tônus muscular, aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida da pessoa. Para isto, é importante ter um acompanhamento com urologista, e, em alguns casos, neurologista. Outros profissionais de saúde, como fisioterapeuta, também podem ajudar – isso é assunto para a próxima semana.

1 Bexiga neurogênica: conceito, causas, fisiopatologia, sinais e sintomas, diagnóstico, tratamento, evolução, complicações possíveis. Dezembro 2014.

2 AIRES, E. Tipos de bexiga neurogênica e como tratar. Julho, 2017.

Publicado por

Marilia Cavalli de Oliveira

Fisioterapeuta formada pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), atuando na área de Uroginecologia desde 2011.

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