Bexiga neurogênica, qual o melhor tratamento?

O tratamento para bexiga neurogênica é complexo e vai depender da causa, visando corrigir o problema. Entretanto, quando isso não é possível, o melhor a fazer é uma combinação de tratamentos para melhorar a qualidade de vida do paciente, além de evitar infecções de repetição e o comprometimento renal.

Os tratamentos médicos incluem uso de medicamentos do tipo agonistas parassimpáticos e outros agentes que atuam sobre neurotransmissores, usados de acordo com cada caso. A aplicação da toxina botulínica (botox), pode ser usada para diminuir a espasticidade de alguns músculos. 1

Outro tipo de tratamento é a sondagem intermitente, que é a passagem de sonda vesical, que pode ser usada periodicamente pelo próprio paciente (4 a 6 vezes ao dia) e removida após o esvaziamento da bexiga. Existe também a opção cirúrgica, que tem o objetivo de melhorar a funcionalidade da bexiga ou desviar a urina até uma abertura externa (ostomia) criada na parede abdominal. 1

A fisioterapia tem como objetivos ajudar na coordenação miccional e no fortalecimento do períneo. Dentre as condutas a terapia comportamental utiliza micção programada, adequação da ingestão de água e adoção de posturas adequadas para urinar. O uso da eletroestimulação é outra conduta muito utilizada, principalmente nos casos de hipertavidade, inibindo contrações detrusoras (do músculo da bexiga). Os exercícios para ganho de força do assoalho pélvico minimizam as perdas urinárias e contribuem para o controle urinário.

Lembrando que qualquer que seja o método de tratamento, intuito é reintegrar esse paciente socialmente, minimizar os danos que os rins possam sofrer e evitar infecções do trato urinário. Isso pode ajudar a prevenir a insuficiência renal futura, doença grave que pode ser fatal. 2

1 AIRES, E. Tipos de bexiga neurogênica e como tratar. Julho, 2017.

2 Bexiga neurogênica.

Publicado por

Marilia Cavalli de Oliveira

Fisioterapeuta formada pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), atuando na área de Uroginecologia desde 2011.

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