Diástase, eu não quero ter!

Diástase dos retos abdominais é a separação dos feixes desses músculos na linha média do abdômen. Esse afastamento é considerado como fisiológico quando se apresenta com mais ou menos 3 cm.

O útero em constante crescimento é quem sofre as transformações mais significativas na gestação. As alterações hormonais, somadas a esse crescimento e às alterações biomecânicas próprias do período, podem promover o estiramento da musculatura abdominal. Esta condição pode ser observada inicialmente no segundo trimestre de gestação, tendo uma incidência maior nos três últimos meses, em virtude do volume abdominal maior, assim como no pós parto. 1

Uma diástase, não fisiológica, pode interferir na capacidade da musculatura abdominal de estabilizar o tronco e em funções como postura, controle lombo pélvico, defecação e parto. Além disso, como existe uma relação entre os músculos abdominais e o assoalho pélvico, a diminuição da função muscular do abdômen, associada à diástase, pode afetar a atividade do assoalho pélvico e provocar disfunções como a incontinência urinária, por exemplo, e, ainda, dor lombar.

E que tal não ter que passar por tudo isso? Prevenir é o segredo! A prevenção está na prática de atividades que fortalecem a musculatura abdominal e as demais estruturas que garantem a estabilidade do tronco. Na verdade, na prática correta dos exercícios, como por exemplo, ativação do transverso do abdômen associada ao assoalho pélvico. Um dica também é evitar abdominais com movimentos do tronco e sempre, adaptar os exercícios para reduzir o stress sobre a parede abdominal. 2

Mas a melhor dica mesmo é procurar um profissional especializado, um fisioterapeuta pélvico pode te ajudar! E o FLOORAPP pode te ajudar a encontrar um!

1 LEITE, A. C. N. M. T; ARAÚJO, K. K. B. C. Diástase dos retos abdominais em puérperas e sua relação com variáveis obstétricas. Rev. Fisioterapia em Movimento, Curitiba, v. 25, n. 2, 2012.

2 Diástase do Reto Abdominal: por que surge e como você pode preveni-la ou tratá-la. Luciane Marin, 2016.

Publicado por

Marilia Cavalli de Oliveira

Fisioterapeuta formada pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), atuando na área de Uroginecologia desde 2011.

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