O câncer de próstata tem um grande impacto na saúde e na qualidade de vida do homem. Na cirurgia da retirada total da próstata – prostatectomia radical, que é o método de escolha para o tratamento do câncer localizado, apesar da grande evolução técnica, existem riscos de incontinência urinária e de disfunção erétil.
A disfunção erétil é definida como a incapacidade persistente em obter ou manter um ereção suficiente para uma relação sexual satisfatória. 1 A reabilitação da função erétil pode ser feita de várias maneiras como medicamentosa, colocação de prótese ou através do uso de técnicas não invasivas, sendo que essa última têm apresentado resultados positivos. 2
A fisioterapia urológica pode ajudar no tratamento dessa disfunção por meio dos exercícios para o assoalho pélvico com o objetivo da melhora da oxigenação dos corpos cavernosos através do aumento no fluxo arterial e fortalecimento muscular. Quanto antes iniciar-se essa reabilitação, melhor para evitar os danos irreversíveis ao tecido – no caso ao músculo liso. 2
Existe a possibilidade de que os pacientes podem já apresentar algum grau importante de disfunção erétil antes do diagnóstico. Ou seja, a dificuldade de ereção não poderia ser atribuída somente à cirurgia da próstata. Além disso, é fato que existe, por tabu, homens que não confessam socialmente que tinham o problema antes da intervenção e atribuem a disfunção erétil à cirurgia. 3
O problema está intimamente relacionado também à idade: homens mais jovens têm chance menor de ter dificuldades de ereção, o tamanho do tumor também influencia. Outra informação importante é que a disfunção erétil pode ser temporária e, por isso, o fator emocional é importante para não influenciar negativamente a evolução do quadro.
1 MENEZES, C. J. Et al. Disfunção erétil pós prostatectomia radical. Há como melhorar os resultados?
2 PROTA, Cristina. Efeito da reabilitação precoce do assoalho pélvico com biofeedback sobre a função erétil de pacientes submetidos à prostatectomia radical: estudo prospectivo, controlado e randomizado. Dissertação mestrado. São Paulo, 2010.
3 MENDES, Valéria. Como fica a vida sexual após a retirada da próstata? Nov. 2014.