Sexualidade

Hoje é dia de falar sobre sexualidade. Para isso nós vamos ter a colaboração da sexóloga Lelah Monteiro. Ela é sexóloga, psicanalista, educadora sexual, e fisioterapeuta pélvica. Tem especialidade em violência, abuso e exploração sexual, hipnóloga clínica e atuante nas áreas de disfunções sexuais e fobias.

A partir de hoje a participação de Lelah será frequente no nosso blog. Lembrando que para ter acesso aos textos completos dela e muito mais informações sobre sua área, acesse o site.

Vamos iniciar esse primeiro texto com parceria falando de dor sexual.

A dispareunia é a dor na relação sexual. Ela pode ter muitas causas, desde fisiológicas até psicológicas e é mais comum nas mulheres, mas também pode acometer os homens.

Essa dor pode ocorrer antes, durante ou após o ato sexual. Em alguns casos, a dispareunia não indica qualquer problema de saúde, no entanto, se for persistente e atrapalhar o andamento da relação sexual, é necessário buscar ajuda. Falando no caso das mulheres, existem algumas afecções que podem fazer com que elas não queiram ter relação sexual. Vaginismo, vulvodínia ou vestíbulodinia, são algumas delas. 1

  • Vaginismo: É a contração excessiva dos músculos vaginais, impossibilitando o ato sexual. Por vezes está associado a um quadro fóbico, por etiologias diversas como repressão moral ou social, educação severa, abusos ou supostos abusos sexuais. Podemos falar em vaginismo primário, quando a mulher é virgem, que não consegue completar o ato por medo e dor. Secundário quando já existiu o ato e por outras questões não consegue mais ter relação sexual.
  • Vulvodínea: Dor cortante durante a relação. É possível a penetração mas com muita dor, com presença de pontos gatilho e hipersensibilização em determinados locais.
  • Vestíbulodineia: A hipersensibilidade é na entrada do canal vaginal, na vulva. O ato sexual é tolerável mas a referência de dor é exatamente na penetração. Prurido e secura vaginal podem estar associadas.

Além das diferenças entre elas, vale ressaltar que quando o sexo é dolorido por algum tempo, existem efeitos inevitáveis sobre a vida íntima do indivíduo ou até mesmo do casal. Tensão nos músculos do Assoalho Pélvico durante a tentativa da relação sexual pode levar a um aumento de sensações exacerbadas de dor e com a repetição desse quadro, instala-se um registro de impossibilidade. 1

Procurar ajuda é essencial e a fisioterapia uroginecológica e a terapia são imprescindíveis para estes casos. O diferencial é o diagnóstico e o rápido encaminhamento.

1 Dor na hora do Sexo? Pode ser Vaginismo, Vulvodínia ou Vestibulodinia. Lelah Monteiro. Abril, 2016.

Publicado por

Marilia Cavalli de Oliveira

Fisioterapeuta formada pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), atuando na área de Uroginecologia desde 2011.

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