Já discutimos sobre as funções de continência de urina e sexualidade, e o assoalho pélvico tem mais um função: continência fecal.
A incontinência fecal caracteriza-se pela incapacidade de controlar os gases ou as fezes (líquidas ou sólidas). É uma situação que se agrava com a idade, podendo variar de perdas ligeiras de gases, muco escuro (soiling), perdas severas de fezes líquidas ou formadas.
Distúrbios na continência ocorrem quando as estruturas musculares – esfíncteres e assoalho pélvico – estão lesionadas. Existem muitas causas, mas as lacerações dos músculos durante o parto são as mais frequentes. Partos prolongados, realização da episiotomia mediana e o uso de fórceps, podem, também, provocar lesões dos nervos que estimulam os esfíncteres. O envelhecimento também gera fraqueza dos músculos anorretais e pélvicos e quando associado a lesão do nervo pudendo (neuropatia), faz com que a percepção das fezes no reto esteja alterada, ocasionando perdas fecais sem que se perceba e também dificuldade na contração do esfíncter anal.
O tratamento para incontinência varia muito de acordo com cada caso. Quando o problema é causado pela ruptura de um esfíncter, por exemplo, a correção necessária pode ser através de uma cirurgia. A fisioterapia também apresenta resultados bastante satisfatórios, podendo regredir a incontinência em até 100%. A conduta utilizada é o fortalecimento muscular através de técnica manual e biofeedback. Além da educação do paciente quanto a postura para defecar e controlar a eliminação de fezes.
Procure um profissional especializado e ele saberá avaliar, diagnosticar e escolher o melhor tratamento para você.