Menopausa e o assoalho pélvico

A incontinência urinária é conceituada como qualquer perda involuntária de urina. A incontinência de esforço, que seria a perda urinária após tosse, espirro ou esforços físicos, é a forma mais comum e seu quadro clínico e prognóstico são mais graves com o avançar da idade. 1

Como qualquer outro músculo do corpo, o assoalho pélvico pode ir acumulando lesões e enfraquecer progressivamente, deixando de responder à sua função ao longo do tempo.

E quando os músculos do assoalho pélvico estão fracos ou afetados por alguma disfunção, podem causar, além da incontinência urinária, outros desconfortos como a diminuição do prazer sexual, sensação de frouxidão vaginal, prolapso – a conhecida “bexiga caída” ou até a incontinência das fezes. 2

Sabe-se que a causa dessas disfunções é multifatorial, mas, em parte, é atribuída à fraqueza da musculatura do assoalho pélvico. E vários são os fatores de riscos: gestação, parto, obesidade, a diminuição da função ovariana e o envelhecimento.

Por razões anatômicas e hormonais, as disfunções desses músculos acometem mulheres em idades variadas. Entretanto, as com idade próxima e durante a menopausa estão mais suscetíveis.

Isso porque o assoalho pélvico é dependente do estrogênio, o hormônio sexual feminino. Ao entrar na menopausa, a produção desse hormônio começa a diminuir naturalmente, até zerar. Com isso, a musculatura do assoalho pélvico tende a enfraquecer.

A treinamento dos músculos do assoalho pélvico pode tratar as disfunções e acabar com os incômodos. Os exercícios de fortalecimento tem o objetivo de retorno a função. Podendo-se buscar também a prevenção e trabalhar a manutenção e um bom funcionamento desses músculos.

Quando feitos regularmente, os exercícios ajudam a prevenir a incontinência urinária e o prolapso. Outro benefício é que quanto mais fortalecidos estiverem, melhor será sua resposta sexual.

Importante salientar que a consulta com um fisioterpeuta especializado garante a eficácia e resultados positivos desses exercícios, pois a prática desse treinamento só terá efeito se a contração dos músculos do assoalho pélvico for executada corretamente.

1SOUZA, C. E. C. et al. Estudo comparativo da função do assoalho pélvico em mulheres continentes e incontinentes na pós menopausa. Rev. Bras. Fisioter. São Carlos, v. 13, n. 6, nov./dez. 2009.

2Você sabe o que é disfunção do assoalho pélvico? 2015.

Publicado por

Marilia Cavalli de Oliveira

Fisioterapeuta formada pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), atuando na área de Uroginecologia desde 2011.

Deixe uma resposta