Você pode mudar isso!

Ainda sobre os fatores de risco1, hoje é dia de falar sobre os modificáveis2, aqueles que somos capazes de interferir.

  • Obesidade: alteração de peso é um fator que agrava ou contribui para o desenvolvimento de perda urinária. Isso explica-se pela alta pressão intra abdominal provocada pelo aumento de peso, principalmente na região cintura quadril e consequentemente, aumento da pressão intra vesical.
  • Fatores obstétricos: o número de partos, o tipo de parto, a realização de episiotomia e o uso de fórceps, podem levar a danos ao Assoalho Pélvico, por isso devem ser investigados.
  • Cirurgias ginecológicas: estudos mostraram relação significativa entre a histerectomia (retirada do útero), por exemplo, com a incontinência urinária. Isso porque esse órgão suporta parte do Assoalho Pélvico e sua remoção causa um desequilíbrio pélvico.
  • Constipação intestinal: frequentemente a força realizada durante a evacuação intestinal pode lesar a musculatura pélvica e traumatizar a mesma.
  • Doenças crônicas: pacientes com diabetes, por exemplo, estão mais vulneráveis ao aparecimento de incontinência urinária devido à mudanças do tecido biológico da musculatura pélvica.
  • Fatores comportamentais: hábitos como fumar, beber e consumir cafeína propiciam a incontinência urinária. O fumante apresenta um aumento significativo na pressão vesical com a tosse, além dos componentes do tabaco influenciarem na deficiência de estrógeno. O álcool e a cafeína tem ação diurética, aumentando o volume urinário, além de que podem causar instabilidade no músculo detrusor.
  • Exercício físico rigoroso: nos esportes, a prevalência é alta em ginastas, pelo aumento da pressão intra abdominal durante sua prática, o que leva a uma sobrecarga do Assoalho Pélvico.

É importante lembrar que esses são os principais fatores de risco para a incontinência urinária. E que, durante a avaliação do paciente, saber a existência ou não desses fatores, visa uma melhor coompreenssão dessa condição, para melhor diagnóstico, tratamento e prevenção.

1VIRTUOSO, J. F. Fatores de risco para incontinência urinária em mulheres idosas segundo a prática de atividade física. Dissertação (Mestrado em Fisioterapia). Programa de pós graduação em ciências do movimento humano. Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), 2011.

2HIGA, R.; LOPES, M.H.B.M. Fatores associados com a incontinência urinária na mulher. Revista Brasileira de Enfermagem, 2005.

Publicado por

Marilia Cavalli de Oliveira

Fisioterapeuta formada pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), atuando na área de Uroginecologia desde 2011.

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