Nosso último post foi sobre a constipação. Já sabemos que ela é caracterizada por evacuações pouco frequentes, sob grande esforço com a presença de fezes excessivamente duras e pequenas. Além disso, pode existir também dificuldade, mau funcionamento e sensação de esvaziamento incompleto.
Nas causas, frequentemente, mais de um fator está envolvido na origem da constipação. Problemas com fibras, líquidos e atividade física estão entre as principais causas.
Disfunções do Assoalho Pélvico tais como a retocele (descida do reto) e alterações nos músculos dessa região também podem ser a causa da constipação. E é ai que entra o papel da fisioterapia no seu tratamento. A ajuda da fisioterapia consiste em treinamento ou reeducação do hábito intestinal, cinesioterapia, biofeedback, eletroterapia ou uso do balonete. 1
Na reeducação devemos nos atentar na postura para evacuar: é necessário sentar-se confortável e relaxadamente, com o tronco inclinado levemente para a frente, o suficiente para que os cotovelos possam repousar sob os joelhos. Isso tudo é fundamental para que o esvaziamento intestinal seja realizado de maneira eficaz. 2
Outro ponto importante é perceber e reconhecer o desejo evacuatório, além é claro de respeitá-lo. Saber a posição correta, sentar-se e relaxar totalmente a musculatura do Assoalho Pélvico é fundamental.
Uma avaliação dos esfíncteres anais e músculos, principalmente o puborretal, é super importante. Nos casos de incoordenação desses, o uso da cinesioterapia e do biofeedback podem ser utilizados com os objetivos de melhorar a função muscular, o tônus de repouso, além do treinamento da musculatura abdominal (manobra de valsalva). 2
Casos de baixa sensibilidade da ampola retal podem ser regredidos com eletroterapia e uso do balonete.
Outro recurso que pode ajudar é a massagem, sempre no sentido do trajeto intestinal (sentido horário em torno do umbigo).
Importante mesmo é fazer um diagnóstico preciso e entender que o tratamento da constipação deve ser multiprofissional.
1 FRARE, M. Constipação. 2013
2 Tratamento da constipação intestinal. 2011.
