O assoalho pélvico é formado por músculos, que, como qualquer outro do corpo, são controlados pelo cérebro. O que muitas pessoas não sabem é que eles podem ser exercitados. Exercícios para essa região ajudam a controlar, tratar e prevenir condições, por exemplo, como a incontinência urinária. Mas será que você sabe contraí-los?
Uma grande parte da população não tem consciência corporal dessa região e não consegue contrair seus músculos do assoalho pélvico quando solicitados pela primeira vez. Sendo comum a falta de percepção desses músculos por uma questão de falta de conhecimento do próprio corpo.
Muitas pessoas são incapazes de realizar a contração do assoalho pélvico somente através de comandos verbais, sendo muito frequente a realização da manobra invertida ou a contração simultânea de músculos como glúteo, adutores da coxa e abdominal. 1 Esse fato reforça a necessidade do acompanhamento e orientação realizados por um fisioterapeuta na conscientização e aprendizagem dos exercícios.
O treinamento da contração da musculatura do assoalho pélvico auxilia no fechamento uretral, aproximando e elevando a musculatura. Além disso, aumenta o recrutamento das fibras tipos I (lenta) e II (rápida) e estimula a função da contração simultânea do diafragma pélvico. 2 E os benefícios do despertar da consciência perineal são diversos, como a melhora do tônus muscular da região íntima e o conhecimento de relaxamento.
O sucesso desse treinamento depende da compreensão dos comandos dados pelo fisioterapeuta e conscientização da localização destes músculos. Além disso, deve haver aceitação, motivação e incorporação dos exercícios de contração às atividades do dia a dia.
1 PINHEIRO, B. F. et al. Fisioterapia para consciência perineal: uma comparação entre as cinesioterapias com toque digital e com auxílio do biofeedback. Fisioter. Mov., v. 25, n. 3. Curitiba, jul-set, 2012.
2 GLISOI, F. N.; GIRELLI, P. Importância da fisioterapia na conscientização e aprendizagem da contração da musculatura do assoalho pélvico em mulheres com incontinência urinária. Rev Bras Clin Med., v. 9, n. 6. São Paulo, nov-dez, 2011.