Fisioterapia em primeiro lugar!

Historicamente a forma de tratamento da incontinência urinária era através de intervenções cirúrgicas e medicamentosas. Contudo, as cirurgias por serem procedimentos invasivos, podem ocasionar complicações e necessitam de tempo de recuperação longo. Além de existir altas taxas do reaparecimento do problema. As medicações, por outro lado, são de uso contínuo e podem resultar em efeitos colaterais indesejáveis.

Atualmente a ICS – International Continence Society – prevê o tratamento conservador como padrão ouro para as disfunções do Assoalho Pélvico. A ICS é uma instituição com enfoque na saúde, que se esforça para melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas por distúrbios do assoalho pélvico, pelo avanço da ciência, através da educação e pesquisa.

A fisioterapia pélvica é reconhecida como primeira linha de abordagem na prevenção e no tratamento das disfunções dos músculos do assoalho pélvico, pois trata-se de uma técnica de tratamento simples, indolor, de baixo custo e não-invasiva. O treinamento desses músculos aumenta sua força e resistência e trabalha coordenação de contração e relaxamento. O trabalho de fortalecimento inicia em posturas sem ação da gravidade (sentada e deitada) evoluindo para posturas com ação da gravidade (em pé) que é quando ocorrem as maiores queixas. Além disso, existem recursos como a terapia comportamental – orientações ao paciente quanto a mudança de hábitos – e a eletroterapia que atua nos casos urgência e dor pélvica.

Importante salientar que antes de qualquer tomada de decisão de conduta faz-se necessário avaliação do estado dos músculos do assoalho pélvico, o que envolve anamnese completa, palpação e teste muscular. O trabalho do fisioterapeuta, além da reeducação perineal, é também o de reeducação global, já que a musculatura abdominal tem grande influência e exercícios respiratórios. Por isso, procurar um profissional especializado é tão importante!

Publicado por

Marilia Cavalli de Oliveira

Fisioterapeuta formada pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), atuando na área de Uroginecologia desde 2011.

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