Fisioterapia no pós operatório

A sustentação dos órgãos pélvicos – uretra, bexiga, útero, vagina e reto – é feita por músculos (Assoalho Pélvico) e ligamentos com inserção nos ossos da bacia. Quando estes tecidos de sustentação sofrem estiramentos e enfraquecem, os prolapsos (queda dos órgãos) podem acontecer.

Os fatores de risco para este tipo de patologia são: gravidez, múltiplos partos, menopausa, histerectomias (retirada do útero), obesidade, constipação grave, o trabalho pesado ao longo da vida e história familiar positiva.

À medida que a população envelhece mais prolapsos irão sendo diagnosticados, prevendo-se que cerca de 50% das mulheres irão sofrer algum grau de prolapso ao longo da sua vida. No entanto apenas 11% apresentarão prolapsos com sintomatologia, que necessite de tratamento cirúrgico. 1

Um diagnóstico eficaz é fundamental para a escolha do melhor método de tratamento. O exame ginecológico de rotina e alguns exames complementares podem ajudar a esclarecer a natureza do problema. Nós já mencionamos aqui sobre os tipos e graus de prolapsos e que essa classificação vai guiar a opção do tipo de cirurgia para efetuar a correção do prolapso. Ou seja, graus 3 e 4 são indicados a cirurgia, mas isso sempre dependendo muito dos sintomas que a paciente apresente.

O trabalho da fisioterapia é super importante mesmo que a opção de tratamento seja cirúrgica. Uma musculatura consciente e treinada favorece a cicatrização, pois fica uma região melhor irrigada – existe maior circulação de sangue. O fortalecimento e o relaxamento eficientes são indispensáveis para que, nos primeiros dias de pós operatório, aconteça menos dor e uma menor dificuldade para urinar ou evacuar.

1 Bercina Cardoso. Prolapso dos órgãos pélvicos, 2010.

Publicado por

Marilia Cavalli de Oliveira

Fisioterapeuta formada pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), atuando na área de Uroginecologia desde 2011.

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