Diástase abdominal e assoalho pélvico

A diástase abdominal é o afastamento dos músculos reto abdominais e pode aparecer como um problema advindo da gravidez, pelo excesso de peso e exercícios abdominais executados de forma incorreta.

As consequências dessa deformidade afetam a estabilidade do tronco; criam estratégias ruins para postura, movimento, respiração, e ainda, falhas que favorecem o aparecimento de dor lombar e disfunções no assoalho pélvico. Em alguns casos, pode vir até acompanhada de hérnia umbilical e numa visão estética, um abdômen mais flácido, somado ao excesso de pele e de tecidos moles. 1

(Diástase abdominal – Google imagens)

O que se sabe é que uma diástase maior que 2,5cm pode interferir na capacidade da musculatura abdominal em funções como controle lombo-pélvico, defecação, parto e contenção vesical. Como existe uma relação conjunta entre os músculos abdominais e o assoalho pélvico, a diminuição da função muscular do abdômen, associada à diástase, pode afetar a performance do assoalho e provocar disfunções como a incontinência urinária de stress, incontinência fecal ou prolapso pélvico. 1

Na gestação, no trabalho de parto e no parto, por exemplo, ocorrem mudanças na posição anatômica da pelve, nas vísceras e no períneo. A parede abdominal pode tornar-se flácida devido ao estiramento e ao afastamento dos músculos abdominais de acordo com o aumento do útero. A recuperação da tonicidade dessa musculatura ocorre lenta e, às vezes, não retorna ao seu tônus anterior se não for feita uma reabilitação. Isto ocorre também com a musculatura do períneo. Por isso a importância da realização de exercícios, bem orientados, para a prevenção de todas essas disfunções. E quando já instaladas, o tratamento das mesmas. 2

A fisioterapia pélvica tem um olhar tanto para a esfera postural quanto do assoalho pélvico. Procurar um profissional especiazalido faz toda a diferença, encontre um mais próximo de você através do FLOORAPP.

1 Diástase abdominal: uma disfunção preocupante. Marla Lopes, agosto de 2017.

2 O assoalho pélvico na gravidez. Cristiane Carboni.

Publicado por

Marilia Cavalli de Oliveira

Fisioterapeuta formada pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), atuando na área de Uroginecologia desde 2011.

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