Vamos falar sobre: dispareunia

Dispareunia é a dor ou o desconforto durante a relação sexual, melhor dizendo, na penetração, e atinge um número significativo de mulheres. Tem uma grande incidência entre os 20 e 30 anos de idade e após a menopausa, com o ressecamento da vagina pela carência de estrogênio.

A dispareunia pode ter causas físicas, tais como endometriose, infecção urinária, lesões da pele ao redor da vulva, mioma uterino, entre outras. Mas a dor também pode ter origem em fatores psicológicos (ansiedade, depressão, história de abuso, educação repressora). 1

Um exemplo de dispareunia é o vaginismo. Esses dois termos estão sempre muito ligados, mas existem diferenças entre eles: se você consegue ter a penetração, se a penetração é possível, mas dores recorrentes e persistentes aparecerem, esta situação é identificada por dispareunia. Já, quando existe dificuldade ou impedimento de penetração, por contração dos músculos da vagina, ou se você perceber que até exame ginecológico é difícil para você fazer, esta é identificada como vaginismo. Ambos os problemas têm possibilidades completas de tratamento. 2

Já pensou associar o sexo à dor, ao ponto de não ter vontade nenhuma de ter relação sexual? A fisioterapia vem destacando-se no tratamento desses transtornos sexuais dolorosos das mulheres, através da utilização de múltiplas técnicas de reabilitação neuromuscular, entre elas a eletroestimulação, o biofeedback, a cinesioterapia e as terapias manuais. A conscientização perineal, por exemplo, faz parte das opções que a fisioterapia possui no tratamento dessas disfunções, sendo essencial na adequação da atividade muscular do assoalho pélvico.

Procure um profissional especializado: o fisioterapeuta pélvico.

1 Dor durante o sexo: dispareunia e vaginismo. Pedro Pinheiro. Outubro, 2017.

2 Dispareunia, dor na relação sexual – Sintomas, Diagnóstico e Tratamento. Isabella de Moura Duarte, Marlon Mattedi, Carolina Freitas e Bianca F. Herbe.

Publicado por

Marilia Cavalli de Oliveira

Fisioterapeuta formada pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), atuando na área de Uroginecologia desde 2011.

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