Incontinência anal

Incontinência anal é a incapacidade de controlar a eliminação, de gases ou fezes de consistência líquida, pastosa ou sólida até o momento desejado. Independentemente do volume perdido, o paciente pode sentir-se bastante constrangido e inseguro, o que prejudica sua confiança e seu comportamento social. 1 O termo incontinência fecal significa perda involuntária de fezes e tem sido utilizado como sinônimo de incontinência anal.

É uma condição mais comum em mulheres e a chance de sua ocorrência aumenta com a idade. Várias alterações na fisiologia anorretal podem ser a causa, como defeitos na musculatura do assoalho pélvico, frequentemente adquirida em trauma obstétrico (má assistência ao parto ou parto difícil) ou de operações anais prévias realizadas sob indicação ou técnica inadequadas. Além disso, alterações neurológicas também podem causar incontinência. 2

A constipação intestinal crônica, com fezes sempre “massudas” e rígidas, que geralmente são difíceis de serem eliminadas é outra causa de incontinência fecal. Nestes casos, para realizar evacuação adequada é necessário muito esforço por tempo prolongado, fazendo com que, a longo prazo, os músculos fiquem fracos e não consigam conter as fezes, ocasionando perdas involuntárias. 3

Sejam quais forem as causas, a investigação deve ser feita baseada na história do paciente e com a ajuda de exames, se necessário.

O tratamento deve abordar, na medida do possível, cada anormalidade detectada durante a investigação. Seja com terapia cirúrgica ou conservadora, em todos os casos, alguns cuidados são importantes como a melhora da consistência das fezes, melhora da eficiência da evacuação (esvaziamento do reto), alterações de hábito de higiene e aumento da ingesta hídrica.

O tratamento com a fisioterapia costuma apresentar resposta bastante satisfatória e rápida. Os estímulos da ampola retal podem ser feitos com balonetes, terapia manual, eletroterapia, e outras técnicas.

1 Incontinência anal. 2009.

2 Incontinência Anal: tratamentos.

3 Incontinência intestinal: tratamentos e causas.

Publicado por

Marilia Cavalli de Oliveira

Fisioterapeuta formada pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), atuando na área de Uroginecologia desde 2011.

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